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Derecho digital: enfrentar el futuro

La llegada de la primera revolución digital de nuestra sociedad nace en un entorno de miopía pública, suspicacia global, enfrentamiento geopolítico, multitud de disciplinas jurídico-económicas mezcladas e innovación acelerada, propiciada por la nueva infraestructura digital, sus componentes, así como por la adopción masiva de la poderosa oferta de la Inteligencia Artificial. 2024 será un año de mayor intensidad en los terremotos geopolíticos.

Europa continuará su desenfrenada carrera sobre-regulatoria y será un año difícil en materia de innovación, startups, unicornios y caja para los operadores de telecomunicaciones del viejo continente. Estados Unidos seguirá liderando la frontera tecnológica, la innovación y la maquila de procesadores de cómputo, software, política de espectro e Inteligencia Artificial. China, por su parte, quiere vender su industria y tecnología al mundo, ahora con una poderosa industria automovilística eléctrica y generar soluciones digitales prácticas para cada vertical de la economía. 

La industria satelital recupera con Starlink el liderazgo norteamericano en esta materia y pondrá a temblar a empresas europeas y asiáticas. La poderosa capacidad de transformación que ofrece la tecnología digital a la sociedad, seguirá siendo un misterio para muchos policy makers, retrasando procesos de bienestar social y desarrollo económico.

La industria de procesadores (chips) y la Inteligencia Artificial van de la mano y crecen aceleradamente. Lisa Su, CEO de AMD, predice que el mercado de los chips aceleradores de Inteligencia Artificial crecerá más de 70% anualmente y superará los 400,000 millones de dólares. 

OpenAI y Sam Altman invirtieron en la startup Rain, creadora de chips para Inteligencia Artificial. La intención es adquirir chips inspirados en el cerebro humano, denominados neuromórficos. Estamos a punto de ver un cambio de paradigma sin precedente en materia de ciencia y tecnología digital, que impactará transversalmente a toda nuestra sociedad.Abordar el análisis del fenómeno digital requiere una aproximación multidisciplinaria compleja, que requiere la comprensión profunda de materias jurídicas y económicas, que hasta hoy estaban separadas, pero que, en el análisis serio del recurso digital, es vital conocer. La materia jurídica debe ser el marco de la actuación pública, privada y económica de lo digital. La gobernanza de lo digital hoy comienza por lo jurídico.

Por esa razón, esta columna, a partir de hoy se llamará “Derecho Digital”. Aquí continuaré con mi análisis del comportamiento de la sociedad digital, usando diversas materias como derecho administrativo, competencia económica, protección al consumidor, propiedad intelectual, privacidad y protección de datos personales, derecho de las telecomunicaciones, derecho informático, política pública, ciberseguridad, derecho económico, geopolítica y derecho constitucional. Continuaré promoviendo el enfoque de “constitucionalismo digital” como eje, al deliberar sobre derechos digitales.

La sujeción de la tecnología digital en todas sus expresiones, incluida la Inteligencia Artificial, a la ley, será el mayor reto de nuestra sociedad, particularmente por la toma de decisiones aceleradas en prácticamente todas las áreas del conocimiento humano y su impacto en los derechos humanos y la economía. En consecuencia, el derecho internacional se enfrentará a: La necesidad de regular ex ante, en el mismo proceso de programación y diseño algorítmico. La necesidad de someter el marco jurídico y sus distintas especialidades actuales, las acciones tomadas por esta tecnología.

Al reto de enfrentarse a un marco jurídico internacional fragmentado y con distintas interpretaciones sobre lo que son los derechos fundamentales, la regulación, la política pública y dominados por poderosos intereses económicos y geopolíticos, donde lo latinoamericano queda atrapado.

Estamos frente al reto de la mayor conversación global de nuestra civilización.

Jorge Fernando Negrete P.

Presidente de Digital Policy & Law

X/Twitter @fernegretep

Direito digital: enfrentando o futuro

A chegada da primeira revolução digital na nossa sociedade nasce num ambiente de miopia pública, suspeita global, confronto geopolítico, uma multiplicidade de disciplinas jurídico-económicas mistas e inovação acelerada, fomentada pela nova infraestrutura digital e seus componentes, bem como a adoção massiva da poderosa oferta de inteligência artificial.

2024 será um ano de maior intensidade nos terremotos geopolíticos. A Europa continuará a sua corrida desenfreada ao excesso de regulamentação e será um ano difícil em termos de inovação, startups, unicórnios e caixa para as operadoras de telecomunicações no velho continente.Os Estados Unidos continuarão liderando a fronteira tecnológica, a inovação e a fabricação de processadores de computador, software, política de espectro e inteligência artificial. A China, por sua vez, quer vender a sua indústria e tecnologia ao mundo, agora com uma poderosa indústria automobilística elétrica, e a gerar soluções digitais práticas para cada vertical da economia. Com a Starlink, a indústria de satélites recupera a liderança norte-americana nesta matéria e fará tremer as empresas europeias e asiáticas. A poderosa capacidade de transformação que a tecnologia digital oferece à sociedade continuará a ser um mistério para muitos decisores políticos, atrasando processos de bem-estar social e de desenvolvimento económico.

A indústria de processadores (chips) e a inteligência artificial andam de mãos dadas e estão crescendo rapidamente. Lisa Su, CEO da AMD, prevê que o mercado de chips aceleradores de Inteligência Artificial crescerá mais de 70% anualmente e ultrapassará US$400 bilhões.

OpenAI e Sam Altman investiram na startup Rain, criadora de chips para inteligência artificial. A intenção é adquirir chips inspirados no cérebro humano, chamados de neuromórficos. Estamos prestes a assistir a uma mudança de paradigma sem precedentes na ciência e na tecnologia digital, que terá um impacto transversal em toda a nossa sociedade.

Abordar a análise do fenómeno digital exige uma abordagem multidisciplinar complexa, que requer um conhecimento profundo das questões jurídicas e económicas, que até hoje estavam separadas, mas que, na análise séria do recurso digital, é vital conhecer.

A questão jurídica deve constituir o quadro para a ação pública, privada e econômica em questões digitais. A governança digital hoje começa pelo aspecto jurídico.

Por essa razão, esta coluna, a partir de hoje, se chamará “Direito Digital”. Aqui continuarei com a minha análise do comportamento da sociedade digital, recorrendo a diversas disciplinas como direito administrativo, concorrência econômica, defesa do consumidor, propriedade intelectual, privacidade e protecção de dados pessoais, direito das telecomunicações, direito informático, políticas públicas, cibersegurança, direito econômico, geopolítica e direito constitucional. Continuarei a promover a abordagem do “constitucionalismo digital” como eixo ao deliberar sobre os direitos digitais.

A submissão da tecnologia digital em todas as suas manifestações, incluindo a Inteligência Artificial, à lei, será o maior desafio de nossa sociedade, especialmente devido à tomada de decisões aceleradas em praticamente todas as áreas do conhecimento humano e seu impacto nos direitos humanos e na economia. Como resultado, o direito internacional enfrentará: A necessidade de regular antecipadamente, durante o próprio processo de programação e design algorítmico. A necessidade de submeter o quadro jurídico e suas diversas especialidades atuais às ações tomadas por esta tecnologia.

Ao desafio de enfrentar um cenário jurídico internacional fragmentado e com diferentes interpretações sobre o que são os direitos fundamentais, a regulação, a política pública e dominado por poderosos interesses econômicos e geopolíticos, onde o latino-americano fica aprisionado

Estamos diante do desafio da maior conversa global de nossa civilização.

 

Jorge Fernando Negrete P.

Presidente de Digital Policy & Law

X/Twitter @fernegretep

 
Digital Law: Facing the Future

The advent of the first digital revolution in our society arises in an environment of public shortsightedness, global suspicion, geopolitical confrontation, a multitude of mixed legal-economic disciplines, and accelerated innovation driven by the new digital infrastructure, its components, and the widespread adoption of powerful Artificial Intelligence. 2024 will be a year of increased intensity in geopolitical earthquakes.

Europe will continue its unrestrained race of overregulation, posing challenges for innovation, startups, unicorns, and financial viability for telecommunications operators in the old continent. The United States will continue to lead the technological frontier, innovation, and the manufacturing of computing processors, software, spectrum policy, and Artificial Intelligence. China, on the other hand, aims to sell its industry and technology to the world, now with a powerful electric automotive industry and the generation of practical digital solutions for every economic sector.

The satellite industry regains North American leadership with Starlink, shaking European and Asian companies. The powerful transformative capacity offered by digital technology to society will continue to be a mystery for many policymakers, delaying processes of social well-being and economic development.

The processor (chip) industry and Artificial Intelligence go hand in hand, growing rapidly. Lisa Su, CEO of AMD, predicts that the market for Artificial Intelligence accelerator chips will grow by over 70% annually and surpass $400 billion.

OpenAI and Sam Altman invested in the startup Rain, creator of chips for Artificial Intelligence. The intention is to acquire chips inspired by the human brain, known as neuromorphic. We are on the verge of witnessing an unprecedented paradigm shift in digital science and technology that will impact our society comprehensively. Addressing the analysis of the digital phenomenon requires a complex multidisciplinary approach, involving a deep understanding of legal and economic matters that were traditionally separate but are vital to grasp in the serious analysis of the digital resource. Legal matters should be the framework for the public, private, and economic actions in the digital realm. Digital governance today begins with the legal.

For this reason, this column, starting today, will be called "Digital Law." Here, I will continue my analysis of the behaviour of digital society, using various fields such as administrative law, economic competition, consumer protection, intellectual property, privacy and personal data protection, telecommunications law, computer law, public policy, cybersecurity, economic law, geopolitics, and constitutional law. I will continue to advocate for the approach of "digital constitutionalism" as a focal point when deliberating on digital rights.

The submission of digital technology in all its expressions, including Artificial Intelligence, to the law, will be the greatest challenge for our society, particularly due to the accelerated decision-making in practically all areas of human knowledge and its impact on human rights and the economy. Consequently, international law will face the need to regulate ex ante, in the very process of algorithmic programming and design, and to subject the legal framework and its various current specialties to the actions taken by this technology.

Facing the challenge of dealing with a fragmented international legal framework with different interpretations of what fundamental rights, regulation, public policy, and dominated by powerful economic and geopolitical interests, where Latin American perspectives may be trapped.

We are facing the challenge of the greatest global conversation of our civilization.

Jorge Fernando Negrete P.

Presidente de Digital Policy & Law

X/Twitter @fernegretep

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